23/05/2014

Capítulo 11 - completamente sozinho

desculpem os erros nesse capítulo, e espero que gostem. (Pra ser honesto o cap. em si ta meio parado, porém, essencial) x-x                                    




                                   05/04/2013 08:56 – Fora da Universidade

Harry caminhava em direção ao portão de entrada, quando encontra Demi. O que era raro, porque ele nunca a encontrava.

-Bom dia Demi- Disse ele.

-Sabe, eu nunca disse a você que poderia me chamar de Demi, eu lembro que você perguntou, mas eu não respondi- Disse ela.

-Ué, não gosta de Demi? Prefere que eu lhe chame de Demetria? Não acha Demetria muito comum, não?

-Não, Demetria não é um nome comum.

-Na minha opinião é. Tipo... a aluna que morreu há 26 anos se chamava Demetria. É verdade, ela tinha o mesmo nome que o seu. Juro que isso me confundiu, eu achei que você era a aluna de 26 anos atrás.

-O nome dela era Demetria Smith, eu acho. Quantas Demetrias, não?

-É.
                                                                    09:01 – Sala 3

-Pensei que não fosse acontecer esse ano- Disse Louis –Na cerimônia de abertura tínhamos o número perfeito de alunos.

-É- Disse Taylor –Mas quando o aluno novo chegou ficou faltando uma.

-Então, pode começar com um mês de atraso?

-Parece que sim- Disse Liam –Então...

-A propósito, você verificou ele, não? Como foi?

-Não acho que seja ele- Disse Taylor.

-Como sabe?

-Ele nunca morou em Nova Orleans. Não tem irmãos.

-A Senhorita Styles não é irmã dele ou tia, ou algo dele?- Perguntou Louis.

-Eu perguntei a ele, mas ele negou. Acho que eles terem o mesmo sobrenome é só coincidência.

-Mesmo que ele esteja mentindo, há ainda outro fato. As mãos dele... elas não eram frias. Enfim, eu acho difícil que seja ele.
                                                                  18:34 – Casa da Demi

-Por que ninguém me contou?- Perguntou Harry.

-Você já havia falado comigo. Isso tornou difícil para eles tocar no assunto- Respondeu Demi.

-Ei, tem outra coisa que eu queria perguntar. Tem algum motivo especial para a sua banca ser a única velha e descuidada da sala?

-Faz parte da regra. Acho que serve de alguma forma na superstição.

-Eu vi a frase “quem está morto?” nela. Foi você quem escreveu?

-Foi. Afinal, eu sei que não estou morta, por isso eu me pergunto, quem está?

-Você sabe quem é?

-Bem...- A porta do apartamento se abre. Era a mãe de Demi –Esse é meu amigo Harry.

-Seja bem-vindo- Disse “Penelope” seja lá qual seu nome –Perdoe-me pela intromissão. Ele é um amigo de classe? Ou colega do clube de arte?

-Ele também é um cliente da galeria lá de baixo. Ele gosta muito dela.

-Ah sério? Esse é um interesse incomum para um rapaz. Você gosta de bonecas?

-Bem, eu...

-Você deve ir embora agora Harry- Disse Demi.

-Oh, certo.

-Estou indo com ele mãe.

-Ah, claro. Sinta-se livre para vir quando quiser, Harry.
                                                          
                                        19:09 – Arredores de Nova Orleans

-Você é sempre assim?- Perguntou ele.

-Assim como?- Disse ela.

-O modo como você trata sua mãe. É como se vocês nem se conhecessem

-Nós quase sempre nos tratamos dessa maneira. Como é sua família?

-Não tenho mãe. Ela morreu logo depois que eu nasci.

-Entendi. Bem, isso é normal para nós. Eu sou apenas mais uma das bonecas dela. A boneca mais bonita, convenhamos- Ele dá uma risada.

-Mas que convencida. Então todas as bonecas da sua mãe são extremamente bonitas...- Ela sorri –Mas isso é horrível, quer dizer, você é filha dela poxa, carne e osso.

-Posso ser de carne e osso, mas não sou real... não para ela.

-Ela sabe da classe 3?

-Não, e não posso contar.

-O que ela diz por você faltar tanto na escola?

-Ela não liga, ou pelo menos não interfere. Exceto com algumas coisas.

-Que coisas? Agora eu sei o segredo da classe 3. Mas... como você aceita eles te usarem por causa de uma superstição?

-Não tinha outro jeito. Aconteceu que tinha que ser eu. Se não fosse eu, eu teria de seguir os outros e tratar alguém como se não existisse. E honestamente é melhor que seja eu a desprezada, já estou acostumada- Eles foram a um parque infantil e se sentaram em um banco.

-Por que eles decidiram fazer duas pessoas inexistentes?

-Acho que eles pensaram que a superstição não daria certo se pedissem para você me ignorar.

-Então, ao fazer com que duas pessoas não existam, eles fortalecem a superstição?

-Sim, isso também os poupou do trabalho de explicar pra você. É bem lógico.

-Mas não deixa de ser uma superstição. Tudo isso por uma superstição?

-Harry, eles estão desesperados. E você deveria estar também. Quando eles consideram que podem ser o próximos, eles agem dessa forma. Eles pegam pesado. Você acha que eles estão agindo de modo irracional?
-
Sim, eu acho.

-Não há garantia. Mas se há alguma chance de isso ajudar a evitar as mortes, não acha que vale a pena? É triste quando alguém morre, Harry. É muito triste.
                                                                  
                                                                     19:45

-Obrigado, e tenha cuidado na volta pra casa, nós dois estamos próximos da morte, afinal de contas.

-Eu ficarei bem- Ela retira o tapa olho e o fita –Eu já te mostrei isso antes, não mostrei?

-Sim.

-Perdi meu olho direito quando tinha quatro anos. Isso desenvolveu um tipo de tumor. Um dia, eu acordei e meu olho havia sumido. Minha mãe disse que um olho artificial normal não seria atraente, por isso ela fez um especial pra mim.

-Mas por que você o esconde com esse tapa olho? Pessoalmente, eu o acho muito bonito.

-Disseram que eu quase morri na cirurgia. Eu me lembro vagamente do que aconteceu na hora, acha que é possível?

-Fala de quase morrer?

-A morte não é gentil. É sombria, não importa o ponto de vista, e você está completamente sozinho...

-Completamente sozinho...

-Sim, mas não é muito diferente de quando se está vivo, é? Não importa quantos amigos possamos ter, no fundo estamos completamente sozinhos. Eu estou, minha mãe está... e você também está, Harry. E a Demetria também estava. A partir de amanhã, seremos do mesmo tipo.

-Oh, sim- Ela estende a mão para ele.

-Bem vindo ao clube, Harry –Ele aperta a mão.
                                  
                                                22:34 – Casa do Harry

O telefone de Harry toca.

-Cara, é muito frio aqui na África do Sul- Era o pai dele.

-Qual o problema com você?

-Ei, o que quis dizer com isso?

-Se está preocupado com minha saúde, saiba que estou bem

-Ótimo.

-Pai...

-Sim?

-A mamãe alguma vez já falou sobre lembranças dela na Universidade?

-Por que a pergunta?

-A mamãe estava na classe 3 no terceiro  período, não estava? Lembra de alguma coisa?

-Bem... não.

-Nada mesmo?

-Bem, ela me contava algumas coisas. Então a Anne estava na classe 3, você disse? De qualquer forma, qual a sensação de voltar para Nova Orleans depois de um ano e meio?

-Um ano e meio? Essa é a primeira vez que eu venho aqui desde que entrei na Universidade.

-O que? Tenho certeza que...- O pai dele ficou pensando por alguns segundos –Ah... é verdade. Sim, você tem razão. Engano meu –A ligação começou a dar interferência, e depois caiu.

Harry foi dormir. Na sua cabeça, três palavras se repetiam. Três palavras que estavam escritas na banca de Demi: “Quem está morto?”

                                                                   ~~~~~~
Espero que tenham gostado.
Acordo >> se tiver 3 ou mais comentários aqui eu posto o proximo cap hoje msm!!  




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