28/06/2014

Capítulo 20 - Eyes.




-Você está bem?-Disse Harry se aproximando de Gemma.

-Nâo é comigo que deveria se preocupar-Disse ela.

-Talvez não devemos subir o Monte amanhã.

-Talvez não.

-Harry...-Disse demi

-O que?

-Obrigada por aquilo.

-Ah,isso. Não foi nada. E não fui só eu. Louis e Niall também.

-Obrigada-Ela se aproxima dele-Pode vir me ver depois? tenho meu próprio quarto. E...
eu quero ver a foto.

                                                          23:18- Quarto da Demi
-Onde estava?-Perguntou ela.
-Em uma quarto separado da casa. Minha avó encontrou. Mas não sei porque estava lá.
-Mesmo?
-Minha irmã usa aquele cômodo- Ele passa para ela a foto. Vagarosamente, ela retira o
tapa-olho, e o olha com o olho direito.
-Você sabe quem é Dimitri?
-Bem,- Disse ele olhando para foto-Posso ver que essa pessoa é estranha-Ele põe o dedo
sobre um garoto.
-Estranha? Por quê?
-Assim... ele está mais borrado, quando comparado aos outros da foto. De certa forma ...
distorcido.
-É verdade. E a cor? Vê alguma cor estranha?
-Não, não vejo.
-Obrigada- Ela põe o tapa-olho de volta. - Essas outras fotos também são da sua mãe?- Se
referia a foto de uma casal com uma menina, Harry havia trazido uma caixa cheia de fotos.
-Sim
-Elas se pareciam muito.
-Quem?
-Sua mãe e sua irmã.
-Acha mesmo?
-Creio que sua irmã deve ser muito parecido com sua mãe agora, é claro se ela tirar o
óculos e soltar o cabelo...-Ela olha pra foto de uma adolescente pintando-Ela pinta em casa ?
-Sim. Ela considera a pintura o verdadeiro emprego dela.
-Entendo
-Você também estava desenhando, certo? Um anjo? Quem serviu de modelo para ele?
-Foi...
-Sua prima Demetria?
-Talvez...
-Quando nos encontramos pela primeira vaz... você levava aquela boneca para sua prima,
depois que ela faleceu?
-Achou estranho?
-Ah
-É meio complicado. Não gosto de fala sobre isso.
-Pode me contar?
-Certo o nome verdadeiro da minha mãe Penelope é Dianna, e o da mãe dela é Ellen. Elas
são gêmeas, quase idênticas. Quando cresceram, as duas se casaram, e Ellen se tornou mãe.
-Da sua prima Demetria
-E de outro bebê também. Ela teve gêmeas.
-Gêmeas
-Um ano mais tarde. Dianna ficou grávida, mas o bebê dela nuca chegou ao mundo
-Dianna ficou tão agoniada, que quase perdeu o juízo. Para piorar, a casa de Ellen passava por problemas financeiros, já a casa da Dianna, precisava de alguma coisa para acalmar o coração dela. Era caso de necessidade.
-Quer dizer que...
-Fui dada a ela. Acho que deram a mim para ela, ao invés da Demetria, por causa do meu nome. Mitologia grega e tal.
-Não entendi essa parte.
-Demetria é uma variação do grego Demetrius, que por sua vez é uma variação de Démeter
-Continuo sem entender.
-Você não sabe nada da mitologia grega?
-Você provavelmente  vai ficar com muita raiva agora, porque eu ainda não entendi.
-Démetre tinha outro nome, Ceres.
-E?
-Ai que saco Harry. Ceres era uma das doze divindades, era filha de Cronos e Réia. Eu não vou explicar toda a história dela. Mas em resumo, ela era deusa da gestação e das leis sagradas, também era considerada por alguns Deusa da Agricultura, que nutria a Terra. Ou seja, o fato de eu ter sido dado a Dianna por Ellen, era como se Ellen estivesse desejando-a fertilidade. De qualquer forma, o nome da outra Demetria não foi sempre assim, o nome dela era... Violet se eu não me engano, mas Ellen rapidamente mudou. Bem, o que importa é que eu fui criada como filha única de Dianna desde que me entendo por gente. Acho que estava na quinta série quando descobri a verdade, minha avó tinha deixado escapar sem querer. Dianna ficou muito perturbada. Acho que ela pretendia deixar em segredo por toda a vida.
-O que aconteceu quando soube da verdade?
-Eu quis conhecer a Ellen, minha outra mãe, e disse para Dianna. No começo, ela parecia estar triste, mas aí ela ficou furiosa.
-Ela não queria que você conhecesse sua mãe biológica?
-Acho que não. Ela não interfere muito na minha vida, só se envolve em certos assuntos, como eu já disse.
-Sim, eu me lembro.
-Acho que ela se sente... não sei, curiosa? Deve ser por isso que ela me faz andar com um celular. Mas enquanto tudo isso estava acontecendo, eu me encontrava em segredo com a Demetria. Ela também sabia que éramos gêmeas. Ela sentiu que éramos ligadas, querendo ou não. Ela sempre ia na minha casa, sem que ninguém soubesse. Ela gostava da minha casa porque era repleta de bonecas. Quando perguntei a ela o que queria de aniversário, em agosto, ela disse: “quero aquela boneca”. Mas... depois que ela entrou na faculdade... ela, de repente...
-Então era isso que estava fazendo?
-Eu fiz uma promessa a ela.
-Então vocês eram irmãos, não primas...
-Sim.
-Foi por isso que você disse. “Pode já ter começado”, porque a Demetria morreu antes de tudo isso, então a calamidade a pegou bem antes de você ter falado comigo.
-Vejo que se lembra. Sim. Por que você não me contou naquele dia?
-É que... é que eu... Eu não queria acreditar... Eu não queria acreditar que Demi tivesse morrido por causa de uma maldição maluca. É por isso que... eu só podia chamar ela de prima. Eu não queria dizer isso. A Demetria que morreu em fevereiro foi a primeira vítima. Se isso for verdade, então... Todo mundo está achando que a calamidade começou em março, mas...
-O estudante extra já estava na classe antes de eu ter vindo a Nova Orleans. É por isso que você tem tanta certeza que eu não sou o morto?
-Sim.
-Por que eu não estava na classe em fevereiro?
-Tem isso também, mas não é o principal motivo.
-Qual é o principal?
-É...- Ela se levanta e fica de frente para ela, em seguida retira o tapa olho –Esse olho... esse olho de boneca me diz que você não está morto.
-Seu olho direito?
-Acho que te disse, que ele permite ver coisas que não devem ser vistas
-Sim. O que ele vê?
-Ele pode ver a... cor da morte. A cor das coisas que estão próximas da morte.
-Cor?
-Que cor é essa?
-Uma cor que eu nunca vi com o meu olho esquerdo. Ela não tem nada a ver com cores como vermelho e azul. É única.
-E você só vê essa cor em pessoas mortas?
-Fica bem claro em pessoas mortas, e é fraca em pessoas com doenças e ferimentos graves.
-Quer dizer que você sabe quando alguém está para morrer?
-Você não entende como vejo as coisas, não é? Bem... eu tive de aceitar isso. Nunca conversei sobre isso com a Demetria. Um dia eu decidi deixar esse olho coberto pelo resto da minha vida, é por isso que eu queria ver a foto de 26 anos atrás.
-Você pôde ver a cor da morte no Dimitri?
-Sim. Foi a primeira vez que eu vi a cor tão claramente em uma foto- Ela tapou o olho esquerdo e olhou para Harry –Não vejo a cor da morte em você. É por isso que eu sei que não é você. Você não é o extra.
-E você sabe que não é você mesma por isso?
-Sim.
-Quer dizer que você já sabe quem é a pessoa extra?
-Bem... tento manter meu olho coberto na escola.
-Mas você escreveu “quem está morto?” na sua banca.
-Não que minha descoberta fosse mudar alguma coisa. Mas... eu queria saber...
-E agora?- Harry se levanta e se aproxima dela -A pessoa morta veio na viagem?
-Quem é?!
-Sim. A pessoa extra... está aqui- Ele a puxa pelos braços, e aproxima-se dela.
-Harry!- Era Louis –Acho que fiz algo terrível!

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beijos 




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